As aventuras de Diana e Luca no Rio de Janeiro

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Beijo

Milagre da multiplicação

Decidimos cortar o cabelo da Diana na quinta-feira, dia 30/08, para dar um ganho. Modo de dizer, mas a gente queria que o cabelo da Diana crescesse com mais força. Dito e feito. Nenhum lacinho pára mais quieto, mas o primeiro corte de cabelo valeu a pena. Quatro dias depois das fotos abaixo (e do vídeo acima), já notamos diferença. O cabelo está mais claro, vai ficar lindo.

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Primeiro corte


24/7

Talvez nem todo mundo saiba o que quer dizer os 24/7 nas costas da Diana. Significam "24 horas, 7 dias por semana". O horário de trabalho para quem tem criança é esse mesmo: fulltime, all the time, o tempo todo, para sempre! A remuneração? Aumenta diariamente!

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Tradição

Da série por que eu amo morar no Leblon. Porque o salão de cabelereiro infantil existe faz 28 anos, na esquina do Colégio Santo Agostinho. Os pais que um dia já cortaram o cabelo com a Maria Helena hoje levam seus filhos. Tudo muito arrumadinho. Diana ficou quieta nos primeiros cinco minutos, mas depois só faltou morder a tesoura.

- Ainda bem que você trouxe, o cabelo dela vai ficar mais forte. Tem mãe que fica com pena de perder os poucos cachos que servem para os lacinhos...

(Pausa.)

- Será que vou me arrepender?!!!!!!!!!

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quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Visitas


terça-feira, 28 de agosto de 2007

Quase sem querer

Depois de um sábado cansativo, trabalhei o domingo inteiro. Pedi ao Lúcio que comprasse ingressos para que a Jô e o Luca pudessem ver "Êta, seu bonequeiro - um pedaço perdido da história do Brasil", uma peça sobre o teatro de bonecos que ficou esquecido depois que a família real portuguesa chegou ao Brasil em 1808. O programa em si já teria valido a pena. A peça é excelente, sucesso de crítica e do público daqui de casa. Mas, vejam só o que eu descobri por acaso: nos últimos domingos de cada mês, os teatros da prefeitura cobram R$ 1 por ingresso. Ou seja, o programão custou apenas dois reais. Sensacional.

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Teatro do Jockey, até o dia 02


Brasília

Passei dois dias em Brasília semana passada. Muito interessante ver o clima na capital, em dias de julgamento no STF do caso mensalão. Momento marcante na nossa história. Gostei também de encontrar amigos queridos, percorrer uma cidade baixa, praticamente sem prédios, ver a terra vermelha no asfalto, as formas polêmicas de Niemeyer, admirar um céu como esse.

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Planalto central


Fúria

Enquanto eu era apresentada ao Congresso Nacional, presenciei essa cena de cinema. Político, acusado de corrupção, chega para presidir uma sessão no Senado, com seguranças em volta, que tentam protegê-lo dos jornalistas.

Onde está Wally?


Sorte

O Lúcio vai rir de mim quando vir outra foto de péssima qualidade, de celular, aqui embaixo. Mas uma história assim deixa a vida da gente mais gostosa. Antes de viajar para Brasília, na última terça-feira, fomos ver o show elogiadíssimo da Monica Salmaso. Sabia que ela tocaria apenas músicas de Chico Buarque - mas não poderia imaginar que o próprio Chico (sim!) estaria na platéia do Canecão. Só ele de famoso, mas justamente ELE, totalmente encantado com a performance da Monica e do Grupo Pau Brasil.

Quero ver quem consegue achar Chico Buarque, sob a luz mais forte, de gola branca e suéter escuro. A quatro, cinco mesas de nós.

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Onde está Wally 2?


sábado, 25 de agosto de 2007

Frustrante!

Poucas vezes, desde que me tornei mãe, me senti tão sem pai nem mãe - literalmente - como hoje. Depois das gotinhas obrigatórias no posto de saúde, levei o Luca para tomar duas vacinas que faltavam numa clínica particular. Por sorte, durante uma hora, minha mãe pôde ficar com a Diana, coisa mais calma do mundo, porque o Luca estava a mil na sala de espera.

Corajosa que sou e sem o Lúcio-pai-nota-10 que trabalhava desde as 10h, segui com as duas crianças, sozinha, para o clube com piscina. Que fiasco. Eu preciso aprender a pedir ajuda. O Luca não parou um minuto sequer, queria fazer manobras arriscadas com meninos mais velhos, atirou bola, carro e afins para cima correndo o risco de machucar alguém. Estava uma espoleta sem controle. Quanto a mim? Me levantava a cada colheirada de papinha da DIANA para repreendê-lo. Mas não conseguia ser enérgica o suficiente, me dividindo entre os dois.

Resultado: depois de apenas uma hora pegamos o carro de volta para casa. Estava preparada para ficar duas ou até três horas na piscina, para que o Luca pudesse brincar à vontade, para que a Diana dormisse na sombra. Não deu. Não deu tempo de ela comer direito, de ela descansar, nem de o Luca se divertir, nem de me fazer sorrir. Voltamos para o apartamento, o Luca levou uma bronca bonita, eu chorei sem parar durante uma hora.

Que sábado, hein?! E ainda são duas e vinte e quatro da tarde. Pelo menos sei que o meu herói Lúcio estará conosco a partir das 17h. Com ele por perto, eu nunca me sinto sem pai nem mãe.

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segunda-feira, 20 de agosto de 2007

O cavaquista, na rave de fralda


Bebê muderno

Vocês já foram a uma "evento de fralda" sem hora pra acabar? Com DJ? Roda de samba? Cerveja, espumante, vinho e suco orgânico de tangerina? Que começasse às quatro da tarde e varasse a madrugada? Pois eu já. A "rave" de fralda do Gabriel, filho do Vinícius e da Malu, teve tudo isso - e o Luca para deixar tudo fora do lugar no belo apartamento no Jardim Botânico. Tenho de comprar um cavaquinho para ocupar esse menino.

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Pronta para a festa


O sambista e a princesinha

Enquanto Luca e eu estávamos na "rave", Lúcio e Diana faziam sucesso na festa de um ano do Antonio, filho lindo de outro Vinícius com a Roberta. Pode ser que role um clima entre esses dois babies um dia. Quem sabe? Deixei a menininha pronta para o ataque: dois dentinhos serelepes, cabelos escorridos, sapatos Gap, meias francesas e vestido Jacadi que ela ganhou de presente quando nasceu. Tomara que no futuro o Antonio não resista. :-)

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Atitude 1: Luca


Herança

Recebemos uma visita maravilhosa no fim de semana. Uma, não. Três, pelo menos. A Rê, amiga carioquinha de muito longa data, apareceu aqui em casa com a Lee, paulista de 1m80, amigona dos primeiros tempos (de estudante) em Nova York, e a filha, Natashya, de quase cinco anos. Fiquei emocionada de ver Luca e Naty juntos. Lee e eu temos hoje vidas tão diferentes: eu estou cada dia mais careta profissionalmente, ela vai morar numa comunidade alternativa na Bahia. Apesar disso, nossos filhos são parecidos, irreverentes e divertidos. Cheios de amor, parceiros toda vida.

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Atitude 2: Naty!


Inteeeeeeeer

A primeira vez do Luca no Maracanã foi motivada pela paixão roxa que o Lúcio tem pelo Rio Grande do Sul. De alguma maneira, não sei como, o Baby já é colorado. Ainda não sabe se é Flamengo ou Botafogo, como eu gostaria. Mas, Internacional, ele já é. A foto não deixa dúvidas.

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Estréia em campo


sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Divã


Pequena Broadway

Acabei de chegar do teatro. Fui sozinha, como fiz inúmeras vezes em Nova York. Eu gosto de teatro, o Lúcio nem tanto. Adorei "Divã", com um elenco de primeiríssima, encabeçado pela Lília Cabral. De chorar e de morrer de rir. Dei gargalhadas profundas e enxuguei muitas lágrimas, na história da mulher que não sabe muito bem lidar com a felicidade, pura e simples. Tem dia que toda mulher é assim.

Ao fim do espetáculo, aplausos de pé, sinceros, e um convite da atriz.

- Voltem à nossa "Pequena Broadway", aqui no Shopping da Gávea. Tem Zezé Polessa, Paulo Gustavo, Jorge Fernando, em cartaz, nos teatros vizinhos.

Tirando o último "ator", que me cansa só de olhar, os outros dois terão mais alguém na platéia.

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quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Sweet nine months


Na medida

Diana está 100%, mais uma vez concluiu a Dra Beth. Hoje foi o Lúcio que levou a pequena à consulta mensal da pediatra. Eu tive de sair correndo para o trabalho, meio no sufoco. Ainda meio sonolento, papai aceitou a tarefa numa boa. Saiu do consultório com uma receita (tomara que seja milagrosa!), para acabar com as assaduras insistentes da Diana, e as novas marcas da filhota: 71cm e 8470g. Ela passa um pouquinho do percentil 50 na altura e quase chega aos 50 no peso. Ai, quem me dera...!

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Nine sweet months: thank you!


quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Serelepe

Tenho escrito pouco porque a vida anda corrida demais. Fim-de-semana intenso: praia, almoço dos pais, lanche dos pais, calçadão, bicicleta, festa de criança, resgate de caixas de mudança na casa da mãe, arrumação de armários, ufa. Ando também com uma tosse rouca, que me incomoda muito. Ontem, aliás, notei que nós todos, em casa, estamos tossindo loucamente. Família unida é assim mesmo. :-) Hoje, mais uma vez, me peguei olhando, encantada, para a Diana.

O recente salto de desenvolvimento (odeio esse termo) da menininha tem deixado todo mundo impressionado. Até um mês atrás, a gente achava que a Diana era bem "pangozinha" (!), no bom sentido. Era molengona, dorminhoca, observadora, só ria, passava horas no carrinho, uma vida bem mansa. Para ela e para nós. "Que criança quieta, calminha", eu me orgulhava.

Eu agora me orgulho do extremo oposto: "que criança ativa"! Diana não pára um segundo, vai da cozinha para o quarto dela e em seguida para a sala numa velocidade campeã. Acompanha o movimento da casa atentamente. Onde nós estamos, ela está também. Diana se levanta e se senta, sem dar um pio. Fica de pé com só uma mão apoiada nos móveis, com a outra pega um brinquedo no chão. Não faz manha, não pede ajuda, calcula cada gesto sozinha, com segurança.

Se por um lado vejo que ela está progredindo (de certa forma, bem mais rapidamente que o Luca, que, na mesma idade, tinha dois quilos a mais), por outro já sinto saudade da menininha tranqüilinha, acostumada com o carrinho, que só anotava as impressões do mundo com os olhos e as mãos. Agora, não há limite. Diana percorre a casa inteira, empurra os enfeites da mesa de centro, chega da praia com os pés sujos de areia, bochechas rosadas de calor e sol.

É, alguém completa nove meses amanhã.

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terça-feira, 14 de agosto de 2007

My baby just cares for me!


Presentão

Diana ontem acordou, foi tomar café e, quando olhou para o Lúcio na cozinha, falou:

- Pá-pai!

Em seguida, olhou para mim, como quem diz:

- Viu, mamãe, olha o papai!

Alguém teve o ego massageado e tem todos os motivos do mundo para se orgulhar. Criança não tem mistério. Retribui carinho, convivência, dedicação. O Lúcio é paizão, divide as tarefas 50/50, merece prioridade.

(Caso alguém se pergunte se a primeira palavra do Luca foi "mamãe", não foi. Foi "bo-la"!)

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sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Força


Esportista

O Luca, que acha que "atacante" é um time de futebol e que diz que torce para o "atacante" porque ele é que faz mais gol (!), segue firme e forte no judô e na natação. O Baby já nadava antes de a gente se mudar para Nova York. Lá, fez aulas particulares, no quentinho do nosso prédio, independentemente de sol ou neve. Aqui, às terças e quintas, divide a piscina com outras quatro ou cinco crianças, de quatro a seis anos. Na aula demonstrativa para os pais, deu sinais de que tem mais estilo do que disciplina. Fica sozinho, no meio da água, sem nenhum tipo de medo ou ansiedade, nada direitinho, mas não gosta muito de respeitar os comandos da professora Carol. Quer farra. Farra, é o que o Luca não tem na aula de judô, às segundas e quartas. Ordem, unhas cortadas, nada de olheiras, respeito à vez do colega. O Baby gosta. Já ganhou três graus, em breve vai mudar de faixa.

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Leveza


Amigas

Só uma coisa me incomoda na nova vida carioca: tenho convivido menos do que gostaria com as minhas amigas de escola. A gente sai, vai tomar chopp, comemora aniversários e despedidas. Na foto, Paulinha, Adri e eu estamos no badalado e sufocante Two Pederneiras, em Ipanema. Não fazia bem o nosso estilo, mas a gente se divertiu mesmo assim e desejou boa sorte à Dani, que seguiu para uma temporada de estudos em Santiago de Compostela.

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BFF


segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Emoção do inédito

Eu me lembro de quando não tinha filhos, confesso que sentia pena daqueles casais que dedicavam 100% de seus fins-de-semana aos seus pequenos. Quanta bobagem. Depois que tive o Luca - e agora, a Diana - penso que o tempo em que terei me dedicado a eles será pequeno perto do número de anos que vou viver. Ou seja, acho que tenho de aproveitar muito, cada segundo, cada pergunta, cada sorriso. Haverá o momento em que os filhos se tornarão cada vez mais independentes e nós voltaremos a viver mais em função de nós mesmos do que em função deles. (Ou será que não?!) A verdade é que penso nisso quando escolho não ter folguista no fim-de-semana. Fazer papinha, dar banho, trocar a roupa, passear pela praia - tudo isso cansa mas compensa. Eles não serão crianças para toda a vida.

Nesse sábado, porém, tudo foi diferente. Lúcio e eu passamos uma tarde sozinhos, 100% sozinhos. Foi ótimo: almoço no Giuseppe, italiano recém-importado do Centro para o Leblon, passadinha rápida pelo Shopping Downtown e cinema no Rio Design Center da Barra. Sete horas fora de casa, sem culpa.

Baby-sitter, tia e avó a postos, Luca e Diana passaram um dia feliz, animado, cheio de carinho. Quando chegamos, bom humor, beijos, abraços e a noite de sono que se aproximava. De vez em quando, Lúcio e eu queremos repetir esse programa.

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domingo, 5 de agosto de 2007

Leis de família


Cinéfila

Depois do divertido e doce "Saneamento Básico - o filme", que assisti em plena quarta-feira com uma amiga do trabalho, decidi ver no sábado "As leis de família", argentino que estreara um dia antes. Recomendo muito. O filme é bom por dois motivos. Primeiro porque mostra a realidade do país vizinho e nos permite reconhecer defeitos tão nossos, como a burocracia, o jeitinho e a corrupção. Depois porque caminha livremente pela relação entre pais e filhos, entre o desejo de acertar e o desejo de servir de exemplo. Os atores são lindos. Num determinado momento, pai e filho conversam num balanço de pracinha e o olhar que o mais velho dá, meu Deus, é de encher o olho de qualquer ser humano que tenha filhos.

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Mania 1


Tirando o atraso

De tanto ouvir falar e nunca escutar os CDs, Mart'nalia e Céu passaram a ser mitos para mim. Achava que nunca ouviria suas vozes, não fosse eventualmente em rádio ou em abertura de Jogos Pan-Americanos. :-) Pois no passeio de sábado, teve até paradinha na Argumento para comprar presentes de aniversários de crianças e música para ouvidos adultos. Que coisa boa é ouvir música brasileira, mesmo que com aquele viés eletrônico, moderninho. Recomendo fortemente. E aceito convites (viu, Lúcio?!) para o próximo show de qualquer uma das duas cantoras que todo mundo já conhece, mas que para mim são novidade.

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Mania 2


Programão

Domingo foi dia de zoo (lotado). Acho que, em 35 anos, eu só tinha ido à Quinta da Boa Vista uma vez. Gostei do que vi. Confesso que deixar o carro na mão de um flanelinha não me deixa 100% tranqüila, nem me agrada ver bicho preso em jaula pequena ou embalagem de picolé espalhada pelo chão. Mas as crianças adoram o contato tão próximo com os animais. Portanto, é um bom programa. Luca vibrou com os macacos e elefantes e girafas. Diana gostou dos papagaios, das cacatuias. Ficou um tempo no carrinho, mas depois quis colo, para poder ver tudo mais de perto. Que sucesso, ela fez. O Luca também. De máquina na mão, queria bater uma foto atrás da outra. Depois de tantas andanças, almoçamos picanha na chapa num quiosque da Lagoa. Aí sim dá gosto viver nessa cidade, mesmo com os inúmeros defeitos que tem.

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Luca, o fotógrafo


Elegância

O Lúcio é naturalmente elegante. Tem 1,85m e pesa menos do que deveria - o que permite a ele ficar bem em qualquer roupa. Não é só o físico, é também uma questão de postura, leveza no andar. O Luca segue pelo mesmo caminho. Na revião de quase cinco anos, na Dra Beth, constatamos que o Baby está com 1,14m e pouco mais de 20 quilos. Passa do percentil 90 na altura, mas, no peso, não chega aos 90. Paraíso na Terra, não ter se preocupar com a balança. Quanto ao andar, é igual ao do pai. De costas, um parece a miniatura do outro.

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De pai para filho


quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Crise universal

Lúcio chegou hoje de viagem. Finalmente. Passou os últimos três dias tentando voltar para casa, depois de uma semana em Dayton, Ohio. Eu amo Nova York como se fosse minha cidade, mas tenho de reconhecer que boa parte dos Estados Unidos ainda não sabe o que é civilidade. Nos últimos três dias, Lúcio e dois colegas foram vítimas do descaso, da arrogância e da incompetência em nada menos do que QUATRO aeroportos americanos.

O roteiro original na segunda-feira previa Dayton-LaGuardia/NY-Washington-SPO-Rio. O vôo que saía de La Guardia atrasou três horas. Em vez de mofar no aeroporto, a equipe aproveitou para passear por Times Square. Embarcou, mas não conseguiu fazer a conexão em Washington. Resultado? Uma noite em DC, num hotel distante de tudo, com vouchers de valores irrisórios para alimentação e transporte.

O humor suportaria um dia na capital americana, mas por pouco não azedou quando o grupo ouviu a seguinte pérola reveladora da atendente da companhia:

- Vocêm embarcam amanhã, sim, vão fazer Washington-Madri-São Paulo-Rio.

Madri? Sim! A funcionária devia achar que a Espanha fica no caminho para o Brasil. Depois da justa reclamação e de uma aula de geografia, a senhora deu outra opção:

- Washington-Chicago-São Paulo-Rio.

Ok, depois de um dia em Washington, os três colegas seguiram para Chicago na terça-feira à noite. Acreditem: o vôo atrasou - e a conexão para o Brasil foi perdida. Mais uma vez, o grupo foi vítima da deselegância típica dos aeroportos americanos. Conseguiram, depois de muita conversa e bate-boca, um hotel longe de tudo e U$ 5 para tomar um café-da-manhã, num país em que um suco de frutas passa dos U$ 4.

Finalmente os três colegas embarcaram de Chicago para São Paulo na quarta-feira à noite, exaustos. Levaram três dias para chegar em casa.

Por acaso, nesse meio-tempo, o Washington Post publicou uma matéria de primeira página contando que os Estados Unidos atravessam a pior crise aérea desde 1995, quando os atrasos e cancelamentos começaram a ser computados. Nos cinco primeiros meses de 2007, o índice foi de 26%. Alto demais para um país de primeiro mundo, não será? Em junho, vejam só, apenas 69% dos vôos chegaram no horário. Cerca de 20 mil foram cancelados. As causas mais freqüentes? Mau tempo e uma malha que não suporta mais tanto avião no ar.


Parece um papo que já ouvi por aqui. Eu sei que um erro não justifica o outro, mas a gente precisa saber que não é só o Brasil que sofre com a ganância das companhias aéreas e o desrespeito para com o passageiro. Os funcionários americanos são tão despreparados, ineficientes, quanto os nossos - que pelo menos são um pouco mais bem-educados.

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