Beijo
As aventuras de Diana e Luca no Rio de Janeiro
Decidimos cortar o cabelo da Diana na quinta-feira, dia 30/08, para dar um ganho. Modo de dizer, mas a gente queria que o cabelo da Diana crescesse com mais força. Dito e feito. Nenhum lacinho pára mais quieto, mas o primeiro corte de cabelo valeu a pena. Quatro dias depois das fotos abaixo (e do vídeo acima), já notamos diferença. O cabelo está mais claro, vai ficar lindo.
Da série por que eu amo morar no Leblon. Porque o salão de cabelereiro infantil existe faz 28 anos, na esquina do Colégio Santo Agostinho. Os pais que um dia já cortaram o cabelo com a Maria Helena hoje levam seus filhos. Tudo muito arrumadinho. Diana ficou quieta nos primeiros cinco minutos, mas depois só faltou morder a tesoura.
Depois de um sábado cansativo, trabalhei o domingo inteiro. Pedi ao Lúcio que comprasse ingressos para que a Jô e o Luca pudessem ver "Êta, seu bonequeiro - um pedaço perdido da história do Brasil", uma peça sobre o teatro de bonecos que ficou esquecido depois que a família real portuguesa chegou ao Brasil em 1808. O programa em si já teria valido a pena. A peça é excelente, sucesso de crítica e do público daqui de casa. Mas, vejam só o que eu descobri por acaso: nos últimos domingos de cada mês, os teatros da prefeitura cobram R$ 1 por ingresso. Ou seja, o programão custou apenas dois reais. Sensacional.
Passei dois dias em Brasília semana passada. Muito interessante ver o clima na capital, em dias de julgamento no STF do caso mensalão. Momento marcante na nossa história. Gostei também de encontrar amigos queridos, percorrer uma cidade baixa, praticamente sem prédios, ver a terra vermelha no asfalto, as formas polêmicas de Niemeyer, admirar um céu como esse.
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Enquanto eu era apresentada ao Congresso Nacional, presenciei essa cena de cinema. Político, acusado de corrupção, chega para presidir uma sessão no Senado, com seguranças em volta, que tentam protegê-lo dos jornalistas.
O Lúcio vai rir de mim quando vir outra foto de péssima qualidade, de celular, aqui embaixo. Mas uma história assim deixa a vida da gente mais gostosa. Antes de viajar para Brasília, na última terça-feira, fomos ver o show elogiadíssimo da Monica Salmaso. Sabia que ela tocaria apenas músicas de Chico Buarque - mas não poderia imaginar que o próprio Chico (sim!) estaria na platéia do Canecão. Só ele de famoso, mas justamente ELE, totalmente encantado com a performance da Monica e do Grupo Pau Brasil.
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Poucas vezes, desde que me tornei mãe, me senti tão sem pai nem mãe - literalmente - como hoje. Depois das gotinhas obrigatórias no posto de saúde, levei o Luca para tomar duas vacinas que faltavam numa clínica particular. Por sorte, durante uma hora, minha mãe pôde ficar com a Diana, coisa mais calma do mundo, porque o Luca estava a mil na sala de espera.
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Vocês já foram a uma "evento de fralda" sem hora pra acabar? Com DJ? Roda de samba? Cerveja, espumante, vinho e suco orgânico de tangerina? Que começasse às quatro da tarde e varasse a madrugada? Pois eu já. A "rave" de fralda do Gabriel, filho do Vinícius e da Malu, teve tudo isso - e o Luca para deixar tudo fora do lugar no belo apartamento no Jardim Botânico. Tenho de comprar um cavaquinho para ocupar esse menino.
Enquanto Luca e eu estávamos na "rave", Lúcio e Diana faziam sucesso na festa de um ano do Antonio, filho lindo de outro Vinícius com a Roberta. Pode ser que role um clima entre esses dois babies um dia. Quem sabe? Deixei a menininha pronta para o ataque: dois dentinhos serelepes, cabelos escorridos, sapatos Gap, meias francesas e vestido Jacadi que ela ganhou de presente quando nasceu. Tomara que no futuro o Antonio não resista. :-)
Recebemos uma visita maravilhosa no fim de semana. Uma, não. Três, pelo menos. A Rê, amiga carioquinha de muito longa data, apareceu aqui em casa com a Lee, paulista de 1m80, amigona dos primeiros tempos (de estudante) em Nova York, e a filha, Natashya, de quase cinco anos. Fiquei emocionada de ver Luca e Naty juntos. Lee e eu temos hoje vidas tão diferentes: eu estou cada dia mais careta profissionalmente, ela vai morar numa comunidade alternativa na Bahia. Apesar disso, nossos filhos são parecidos, irreverentes e divertidos. Cheios de amor, parceiros toda vida.
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A primeira vez do Luca no Maracanã foi motivada pela paixão roxa que o Lúcio tem pelo Rio Grande do Sul. De alguma maneira, não sei como, o Baby já é colorado. Ainda não sabe se é Flamengo ou Botafogo, como eu gostaria. Mas, Internacional, ele já é. A foto não deixa dúvidas.
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Acabei de chegar do teatro. Fui sozinha, como fiz inúmeras vezes em Nova York. Eu gosto de teatro, o Lúcio nem tanto. Adorei "Divã", com um elenco de primeiríssima, encabeçado pela Lília Cabral. De chorar e de morrer de rir. Dei gargalhadas profundas e enxuguei muitas lágrimas, na história da mulher que não sabe muito bem lidar com a felicidade, pura e simples. Tem dia que toda mulher é assim.
Diana está 100%, mais uma vez concluiu a Dra Beth. Hoje foi o Lúcio que levou a pequena à consulta mensal da pediatra. Eu tive de sair correndo para o trabalho, meio no sufoco. Ainda meio sonolento, papai aceitou a tarefa numa boa. Saiu do consultório com uma receita (tomara que seja milagrosa!), para acabar com as assaduras insistentes da Diana, e as novas marcas da filhota: 71cm e 8470g. Ela passa um pouquinho do percentil 50 na altura e quase chega aos 50 no peso. Ai, quem me dera...!
Tenho escrito pouco porque a vida anda corrida demais. Fim-de-semana intenso: praia, almoço dos pais, lanche dos pais, calçadão, bicicleta, festa de criança, resgate de caixas de mudança na casa da mãe, arrumação de armários, ufa. Ando também com uma tosse rouca, que me incomoda muito. Ontem, aliás, notei que nós todos, em casa, estamos tossindo loucamente. Família unida é assim mesmo. :-) Hoje, mais uma vez, me peguei olhando, encantada, para a Diana.
Diana ontem acordou, foi tomar café e, quando olhou para o Lúcio na cozinha, falou:
O Luca, que acha que "atacante" é um time de futebol e que diz que torce para o "atacante" porque ele é que faz mais gol (!), segue firme e forte no judô e na natação. O Baby já nadava antes de a gente se mudar para Nova York. Lá, fez aulas particulares, no quentinho do nosso prédio, independentemente de sol ou neve. Aqui, às terças e quintas, divide a piscina com outras quatro ou cinco crianças, de quatro a seis anos. Na aula demonstrativa para os pais, deu sinais de que tem mais estilo do que disciplina. Fica sozinho, no meio da água, sem nenhum tipo de medo ou ansiedade, nada direitinho, mas não gosta muito de respeitar os comandos da professora Carol. Quer farra. Farra, é o que o Luca não tem na aula de judô, às segundas e quartas. Ordem, unhas cortadas, nada de olheiras, respeito à vez do colega. O Baby gosta. Já ganhou três graus, em breve vai mudar de faixa.
Só uma coisa me incomoda na nova vida carioca: tenho convivido menos do que gostaria com as minhas amigas de escola. A gente sai, vai tomar chopp, comemora aniversários e despedidas. Na foto, Paulinha, Adri e eu estamos no badalado e sufocante Two Pederneiras, em Ipanema. Não fazia bem o nosso estilo, mas a gente se divertiu mesmo assim e desejou boa sorte à Dani, que seguiu para uma temporada de estudos em Santiago de Compostela.
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Eu me lembro de quando não tinha filhos, confesso que sentia pena daqueles casais que dedicavam 100% de seus fins-de-semana aos seus pequenos. Quanta bobagem. Depois que tive o Luca - e agora, a Diana - penso que o tempo em que terei me dedicado a eles será pequeno perto do número de anos que vou viver. Ou seja, acho que tenho de aproveitar muito, cada segundo, cada pergunta, cada sorriso. Haverá o momento em que os filhos se tornarão cada vez mais independentes e nós voltaremos a viver mais em função de nós mesmos do que em função deles. (Ou será que não?!) A verdade é que penso nisso quando escolho não ter folguista no fim-de-semana. Fazer papinha, dar banho, trocar a roupa, passear pela praia - tudo isso cansa mas compensa. Eles não serão crianças para toda a vida.
Depois do divertido e doce "Saneamento Básico - o filme", que assisti em plena quarta-feira com uma amiga do trabalho, decidi ver no sábado "As leis de família", argentino que estreara um dia antes. Recomendo muito. O filme é bom por dois motivos. Primeiro porque mostra a realidade do país vizinho e nos permite reconhecer defeitos tão nossos, como a burocracia, o jeitinho e a corrupção. Depois porque caminha livremente pela relação entre pais e filhos, entre o desejo de acertar e o desejo de servir de exemplo. Os atores são lindos. Num determinado momento, pai e filho conversam num balanço de pracinha e o olhar que o mais velho dá, meu Deus, é de encher o olho de qualquer ser humano que tenha filhos.
De tanto ouvir falar e nunca escutar os CDs, Mart'nalia e Céu passaram a ser mitos para mim. Achava que nunca ouviria suas vozes, não fosse eventualmente em rádio ou em abertura de Jogos Pan-Americanos. :-) Pois no passeio de sábado, teve até paradinha na Argumento para comprar presentes de aniversários de crianças e música para ouvidos adultos. Que coisa boa é ouvir música brasileira, mesmo que com aquele viés eletrônico, moderninho. Recomendo fortemente. E aceito convites (viu, Lúcio?!) para o próximo show de qualquer uma das duas cantoras que todo mundo já conhece, mas que para mim são novidade.
Domingo foi dia de zoo (lotado). Acho que, em 35 anos, eu só tinha ido à Quinta da Boa Vista uma vez. Gostei do que vi. Confesso que deixar o carro na mão de um flanelinha não me deixa 100% tranqüila, nem me agrada ver bicho preso em jaula pequena ou embalagem de picolé espalhada pelo chão. Mas as crianças adoram o contato tão próximo com os animais. Portanto, é um bom programa. Luca vibrou com os macacos e elefantes e girafas. Diana gostou dos papagaios, das cacatuias. Ficou um tempo no carrinho, mas depois quis colo, para poder ver tudo mais de perto. Que sucesso, ela fez. O Luca também. De máquina na mão, queria bater uma foto atrás da outra. Depois de tantas andanças, almoçamos picanha na chapa num quiosque da Lagoa. Aí sim dá gosto viver nessa cidade, mesmo com os inúmeros defeitos que tem.
O Lúcio é naturalmente elegante. Tem 1,85m e pesa menos do que deveria - o que permite a ele ficar bem em qualquer roupa. Não é só o físico, é também uma questão de postura, leveza no andar. O Luca segue pelo mesmo caminho. Na revião de quase cinco anos, na Dra Beth, constatamos que o Baby está com 1,14m e pouco mais de 20 quilos. Passa do percentil 90 na altura, mas, no peso, não chega aos 90. Paraíso na Terra, não ter se preocupar com a balança. Quanto ao andar, é igual ao do pai. De costas, um parece a miniatura do outro.
Lúcio chegou hoje de viagem. Finalmente. Passou os últimos três dias tentando voltar para casa, depois de uma semana em Dayton, Ohio. Eu amo Nova York como se fosse minha cidade, mas tenho de reconhecer que boa parte dos Estados Unidos ainda não sabe o que é civilidade. Nos últimos três dias, Lúcio e dois colegas foram vítimas do descaso, da arrogância e da incompetência em nada menos do que QUATRO aeroportos americanos.
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