Eu corro o risco de ser condenada (!), mas, antes de criticar a alimentação de americanos, preciso fazer um mea-culpa carioca. Hoje, num lindo domingo de sol, presente de dia dos pais, resolvi acompanhar o Lúcio e as crianças ao calçadão do Leblon. Confesso que não gosto muito da combinação asfalto quente com um monte de gente, prefiro a praia em si, mas hoje encarei a Delfim Moreira fechada. Ao chegar em casa, fiz as contas: depois de um bom café da manhã no Cafeína, foram dois picolés, quatro caixinhas de estalinhos, um milho verde, sete minutos de pula-pula, e muitos pedidos para pipoca, mais picolé, balões, bolas de futebol etc.
É que a oferta é muito grande, uma tentação para as crianças. Nos três anos em NY (eu sei, Manhattan/Brooklyn não são EUA), nunca vi ninguém vendendo absolutamente nada nas pracinhas, no Central Park, na porta da escola. Muito pelo contrário: as mães preparam lanches saudáveis como cenoura crua pequena, caixinhas de suco de maçã orgânico, uvas, passas, biscoitinho assado. Me lembro do susto que elas tomaram ao ver nas festinhas brasileiras do Luca uma bandeja lotada de brigadeiro. "Que delícia, maravilhoso, mas um é mais do que suficiente. Melhor é o pão de queijo, parece mais leve".
Ah, 7 minutos no pula-pula custam R$ 8. "Por R$ 10, você leva a bola também!" Alguém aí precisa de mais uma bola em casa?!
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