As aventuras de Diana e Luca no Rio de Janeiro

sábado, 24 de outubro de 2009

Quando a celebridade não tem estrela!

Eu tenho de confessar que comprei ingresso para “After Miss Julie”, na Broadway, por causa de Sienna Miller. Estava curiosa para ver o trabalho da "musa fashion-atriz-rainha das revista de celebridade" no papel de uma moça de outros tempos, envolvida em um mundinho de fofoca e preconceito. Uma história parecida com a da própria Sienna.

Quando fui ver Julia Roberts em 2006, na peça “Three Days of Rain”, o hoje conhecido Bradley Cooper (protagonista do ótimo “Se beber, não case”) roubou a cena e até Paul Rudd tinha mais expressão do que Julia. Mas, ao fim do espetáculo, os aplausos mais efusivos foram todos para a atriz de “Pretty Woman”. Claro: ninguém mais tem aquele carisma, aquele sorriso, aquele rosto. Julia é uma estrela desde sempre.

Com Sienna, na semana passada, não foi assim. Foi constrangedor. Os aplausos foram tímidos, a plateia não perdoou a atuação fraca, sem momentos de destaque. Ninguém parecia ser fã o suficiente. Talvez uns quatro ou cinco rapazes ficaram de pé – mas tenho certeza de que a carga dramática pouco contou para essa atitude.

Minha segunda peça de adulto da semana foi “Oleanna”, do autor e diretor de “Doubt”, cujo trabalho acompanho desde os meus dias em NY. Mike Hugues é um crítico feroz da Era Bush e tem obsessão pela mentira (como a das armas químicas que nunca foram encontradas no Iraque).

Nessa peça, Hugues põe a universitária vivida por Julia Stiles (a atriz de rosto angelical que fez 10 entre 10 filmes de adolescente na década passada) numa cruzada contra o professor interpretado pelo insosso Bill Pulmann. Interessante que um dia antes de ir ao teatro li a crítica da Time Out, em que Julia disse que queria muito se livrar da imagem dos filmes de adolescente apesar de reconhecer o óbvio: sem aqueles trabalhos não chegaria à Broadway.

Diferentemente de Sienna, a atriz pode respirar aliviada. Ao fim de uma hora e meio de diálogos acalorados, você sente vontade de subir ao palco e bater na personagem de Julia Stiles. Bill Pulmann é muito vítima dessa estudante feminista, disposta a minar o poder de um professor em relação aos seus alunos, a qualquer custo, mesmo através da mentira. Muito boa, a discussão. Teatro para pensar.

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1 Comentários:

Blogger a_girl_feeling disse...

Nossa Cris, qta riqueza! Ficou a vontade de conferir tb!! bjss

29 de outubro de 2009 às 14:00

 

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