As aventuras de Diana e Luca no Rio de Janeiro

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Complexo de polvo

Eu reconheço que muitas vezes tenho uma energia acima do normal. Basta ver a toada na Disney. Depois de uma semana intensa, Diana preferia os brinquedos mais modestos, menos tecnológicos, Lúcio estava derrubado por uma dor de garganta e eu estava cheia de pique para Nova York.

A questão que eu ainda preciso analisar e consertar é o humor. Eu odeio fracassar e, para não me decepcionar, muitas vezes vou além do que deveria. Nesse último fim de semana, por exemplo. Me propus a levar as crianças ao clube, ver Cocoricó no teatro, ir a um festão (maquiada e penteada, bien sûr) e a uma feijoada. Fiz tudo isso e ainda fui ao shopping, fiz compras de Natal, almocei no excelente Fifties. Busquei ajuda de uma folguista de sábado para domingo e graças a à Cleia dormi pela primeira vez em nove anos até o meio-dia. Teria sido perfeito, o fim de semana, não fossem o cansaço e o stress de domingo à noite quando o Luca inventou de visitar um amigo que mora a quatro quadras.

- Mãe, eu vou sozinho, sei chegar lá !

Não, Luca, não dá. Eu tive de pegar o carro, levar você, voltar pra casa, botar a Diana para dormir e buscá-lo novamente e já passava das 22h de domingo. O que me intriga é por que eu não consigo dizer não, para evitar bater de frente. As crianças daqui de casa, infelizmente, estão atravessando uma fase muito dramática, respondona, egoísta. Me preocupo muito com isso porque tenho amigos no trabalho que certamente não passaram por castigos na infância.

Outro dia, Luca aprontou na escola e foi parar na coordenação. Eu tive um piti, um ataque de nervos, briguei, gritei, tirei a última aula de futebol que ele tanto queria fazer, morri de culpa, consultei os amigos, mantive a "punição", mas ainda assim acho que fracassei. Queria ser daquelas mães que "sabem conversar", que têm paciência, mas ando explodindo antes de qualquer piscologia.

Talvez por isso esteja escrevendo antes das 7h, depois de ter conseguido dormir somente às 2h. É que a Diana me acordou às 6h. Ela sem-pre faz isso quando o pai viaja. E eu não sou carinhosa de madrugada, sou chata, reclamona, hoje acho que vou desmaiar de sono no meio da tarde. Filhos deveriam nascer sabendo o grau de (in) tolerância dos pais para sonos curtos.

Eu sei, não tem manual para educação em casa, mas tudo que eu queria era saber reduzir o pique para conseguir ser mais paciente com meus filhos. Eles não merecem uma mãe histérica e eu merecia um pouco mais de paz, um pouco menos de conflito em casa. Sou tão controlada no trabalho, na vida social, preciso baixar a bola também na vida doméstica. Mas, antes disso, vou ali, a Foz do Iguaçu, com meus dois pequenos, antes do Natal.

Quem sabe eu não aprendo mais em 2012...!

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2 Comentários:

Blogger Mic disse...

Cris, acredita que só agora consegui vir aqui ler seu desabafo? rs Quem tá precisando de um sou eu! Os dois de férias e eu trabalhando de casa. Como precisava de uma redação de vez em quando... eheheh

Olha, eu me vi DEMAIS em tudo que você escreveu. Sou assim como você, da turma do tudo-ao-mesmo-tempo-agora. Saio inventando quinhentas mil coisas, não sei parar, ficar quieta sem fazer nada. E, depois, reclamo que estou cansada. E, já sabe, né? Mãe cansada é paciência zero!

Eu também sou do tipo que explode, grita e depois sai se culpando. Mas, por outro lado, sou a mãe da galera, que arrasta seis meninos ao cinema juntos, mesmo que fique de cabelos em pé.

Acho que cada um tem seu forte e suas fraquezas. Passei 2011 tentando trabalhar as minhas. Ainda tem muuuuito dever de casa pra fazer, mas quem disse que ia ser fácil, né?

Aqui em casa eu sigo a linha dura, como fui criada pela minha mãe. É claro que eles têm mais moleza, bem mais, do que eu tinha, essa geração tem dessas coisas. Mas dá muito mais trabalho freiar e voltar pra disciplina depois que abrimos a guarda do que manter a coisa sob controle on a "daily basis".

Você é uma mãe presente, que estimula as crianças e mostra um mundo bem grandão para os dois. Isso não tem preço! Não se cobre demais!

Respira, fim de ano é sempre enrolado e cansativo pra todo mundo.

Espero que em 2012 a gente pare de se encontrar só "de passagem" e possa bater um bom papo!

bjs,
Mic

15 de dezembro de 2011 às 13:40

 
Anonymous Anônimo disse...

Já testei e é verdade: as crianças nos testam sempre. Então, se elas gritarem, exigirem alguma coisa, diga não baixinho, só uma vez....e espere. Você vai se surpreender quando perceber que eles ouviram. Diga "não" baixinho e continue andando, como se nada tivesse acontecido. Teste! Você vai ver! Boa sorte!

15 de dezembro de 2011 às 21:11

 

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