As aventuras de Diana e Luca no Rio de Janeiro

sábado, 21 de novembro de 2009

Coração bom

De uns tempos para cá, estou encantada demais com o gênio do Luca. Não sei se foram os sete anos completados em setembro, a responsabilidade na alfabetização da Turma 1, mas é fato que o Baby anda mais calmo, mais concentrado nos deveres de casa, mais carinhoso com a gente, mais paciente com a Diana. (Coitado, a verdade é que ele apanha muito da irmã, raramente revida os puxões de cabelo, os empurrões!)

Outro dia, nos encontramos no clube com vários colegas de escola e suas famílias. Eram duas meninas e cinco meninos, entre 6 e 9 anos. O resultado dessa união é sempre muita diversão e alguns picos de estresse. Dois desses momentos, eu acompanhei de perto, sem interferir. No primeiro, os meninos passaram a jogar boias de plástico nas meninas. Todos, menos o Luca, que preferiu brincar num canto, sozinho. No segundo, o Baby tentou separar os dois amigos que brigavam por nada, pela energia em excesso que têm nessa idade. Fiquei tão orgulhosa. Mas essa boa paz tem seu lado B.

Ontem, também no clube, um menino de 9 anos (amigo de um amigo) pegou um pacote de balas do Luca, que ficou muito chateado. Em seguida, a irmã de 7 anos disse que o garoto queria pedir desculpas e devolver as balinhas. Qual não foi a surpresa do Baby ao ver que tinha caído numa armadilha. O garoto e outros dois amigos (maiores) começaram a jogar areia em vez de pedir perdão. Simmmmmmm! Criança pode ser cruel nas pequenas coisas! O Luca segurou o choro e não brincou mais com a turma até voltar para casa. O Pedro, colega de 7 anos, foi quem pegou o pacotinho e devolveu para o Luca. Mas aí o estrago já estava feito.

O Baby ficou muito magoado porque viu que tinha confiado em quem não devia. A vida tem dessas coisas. O que falar diante de um relato como esse?! "Não será a última vez que que vai se decepcionar com um amigo" ou "foi apenas uma brincadeira de mau gosto"?! Eu disse um pouco de cada coisa e aproveitei para dizer que a situação deveria servir de alerta para que o Luca nunca fizesse nada que pudesse chatear um colega. Eu acho que só assim, se colocando no lugar do próximo, a gente vai espalhar a ideia de que amizade e gentileza são fundamentais para a nossa vida.

Como o mundo dá sempre muitas voltas e ninguém aqui é santo, na última vez em que Luca e eu tivemos um papo-cabeça desses, foi quando ele contou uma mentirinha para um amigo, o que gerou uma imensa fofoca na escola. Uma amiguinha chegou a ficar de castigo e o Luca morreu de culpa. Na época, liguei para a mãe, botei o Baby de castigo, ele pediu desculpas à colega, um bafafá. Se antes ele não tinha noção do estrago que uma mentira poderia provocar, agora já sabe e vai pensar duas vezes antes de inventar alguma coisa. Sempre atentos, vivendo e aprendendo, graças a Deus.

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3 Comentários:

Blogger a_girl_feeling disse...

Bah que situação complicadinha... Mas ainda bem que vc soube simplificar com um papo aberto!!Tudo vai ficar bem! ;) bjsss

21 de novembro de 2009 às 19:44

 
Anonymous Anônimo disse...

Ai, é tão difícil vê-los passando por apertos... A vontade é se meter, mas isso faz parte do crescimento mesmo. Pode ter sido a primeira, mas certamente não vai ser a última decepção da vida dele. Mas que dói na gente, isso dói! bjos, Lu

21 de novembro de 2009 às 20:28

 
Blogger Love, Ink disse...

Ah, Cris, me deu uma peninha tao grande do Luca. O mundo eh cruel, ne? Beijo

28 de novembro de 2009 às 06:49

 

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