Atípico
Acabei de chegar de um dia longo e incomum. Acordamos cedo para que Luca, Diana, Lúcio, Jô e minha mãe pusessem o pé na estrada, rumo a Minas. O grupo iria se juntar ao meu pai na fazenda. E eu, que não tenho férias vencidas, teria um sábado inteirinho para mim.
Já soube que a viagem foi boa, nota 99 para os dois irmãos que só brigaram um pouquinho no banco de trás do carro, ao longo de OITO horas de trajeto. Eu estranhei quando a Diana bateu a porta, toda feliz, com sua boneca na mão e um sorriso no rosto. Parece que ela já sabia o quanto "ficar na roça" é bom quando se é criança.
- Parece que eu estou vendo você, Cristi - me disse minha avó Maria, que cuidava de mim nas férias na fazenda...
Do meu lado, posso dizer que o silêncio em casa causa estranheza e até um certo desconforto. Mantenho as portas dos quartos fechadas, me pego arrumando e rearrumando armários, prefiro sair para a rua. Assim fui do Leblon à Vinicius de Moraes a pé e sem pressa. Parei em lojinhas, olhei bancas de revista, namorei livros, visitei a pet shop de uma amiga querida, mandei fazer consertos em algumas roupas - e almocei com minha irmã no Market.
(Pausa para falar do restaurante na Visconde de Pirajá: um charme, o pátio com suas mesinhas parece um oásis naquela confusão de Ipanema. Cardápio caseiro: coalho com melaço, frango grelhado, creme de milho, batatinhas no alecrim e suco de tangerina com hortelã. Revigorante e de preço honesto.)
Ainda parei para tomar um capuccino antes de voltar para casa e mergulhar nas arrumações. Como eu gosto de organizar o cardápio de roupas e sapatos. Acho que ganho espaço e criatividade. Os modelos de cada dia acabam se saindo bem diferentes uns dos outros.
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