Parece que foi ontem: setembro de 2007
As aventuras de Diana e Luca no Rio de Janeiro
Nesse friozinho de outono, a gente tem aproveitado as opções culturais da cidade. Luca e eu adoramos "A Casa da Madrinha", no Teatro Leblon. Muito bacana e sensível, a encenação. O Baby reconheceu a atriz de outra peça, o que me impressionou muito. O livro conhecido, de Lygia Bojunga, gira em torno de um menino da periferia do Rio e seu amigo "pavão". Alexandre, esse personagem central, aprende com o irmão, ótimo contador de histórias, a brincar com o imaginário, com a fantasia. A casa da madrinha é um porto seguro, mesmo que nunca tenha de fato existido. Acho que viajei mais do que o Luca.
O fim de semana teve de tudo. Teve dengo de manhã de sábado em casa com as crianças, teve casamento de chefe (fofo) em Araras, teve cabelo, maquiagem. Uma pessoa em transformação, como prova a foto abaixo. Na festa sem hora pra acabar, que começou às 16h, teve encontro com amigos de BH, Brasília e São Paulo. Teve comidinhas de primeira, trio de colegas de trabalho avançando sobre doces saborosíssimos, decoração floral no meio da floresta. Música boa e pista lotada. Sorte a nossa, morar tão perto de lugares como aquele. Sorte a nossa, trabalhar com pessoas interessantes como aquelas. Depois veio o domingo. Aí a família se dividiu. Enquanto eu ralava o dia inteiro no computador, o Lúcio fez programa de turista com o primo e a filha dele, ambos do Rio Grande. Sorte do Luca, que foi junto e viu esse visual, da foto acima. Sorte a nossa, viver aqui.
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Minha mãe brigou comigo porque não tirei fotos no dia 16, quando Diana completou 18 meses. Não deu tempo. Sinto muita culpa, mas a verdade é que eu fico menos com ela do que ficava com o Luca. Não só porque me divido entre os dois irmãos, mas porque trabalho bem mais também. Mas, reparem na seqüência abaixo. Diana não me parece carente, não me parece chorosa. Diana é determinada, decidida, independente. Nas festas, caminha por tudo, sozinha. De vez em quando, olha em volta, procura o rosto conhecido. Depois continua a avançar sobre o território desconhecido, olhos vibrantes, curiosos. A última e marcante conquista foi começar a comer sozinha. Muita coisa cai onde não deveria, mas 60% da comida vai parar na barriguinha saliente. Falar ao telefone é outra paixão. Não passa o aparelho adiante até que eu fale "tchau". Antes disso, manda beijos, repete oi, fala "peguei" quando ouve os beijos esalados do lado de lá. Conversa com os sons e o coração. Pra que mais? Parabéns, Di, você é doce e forte. Que nem rapadura. (Hum, é capaz de "Magali" querer provar...!)
Resolvi levar o Luca à escola hoje. Fui ver com ele a coletiva do Pollock, uma exposição inspirada em Jackson Pollock, realizada pelos alunos do Jardim de Infância. Inacreditável. Nada de Monet ou Cézanne, Pollock. Nada mais instigante, interessante. Um dos meus artistas preferidos, agora íntimo de Baby Luca. O meu presente de Dia das mães, aliás, foi uma linda tela - e a certeza de ter escolhido a escola certa.
Eu ajudo muito pouco as pessoas. Infelizmente é verdade. Não faço nenhum trabalho comunitário, não contribuo regularmente com nenhuma instituição. Mas, se tem uma coisa da qual não me envergonho, é a capacidade que tenho de doar minhas coisas. Entra uma peça no guarda-roupa, sai outra. Compro um brinquedo para as crianças, escolho um usado para dar. E assim, a cada quatro meses, organizo um malão para a Arleti, madrinha da Diana, distribuir em Passo Fundo. Essa, sim, tem o coração maior do mundo, trabalha com crianças carentes, ajuda quem precisa.
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Muito bom ir a festa de criança. No fim de semana, encontrei muita gente no trabalho no aniversário da filha de um colega. Todo mundo ali, feliz, longe do stress do dia a dia, com o melhor dos mundos: amigos e filhos. Corre pra cá, você pode olhá-lo um pouquinho? Onde a gente troca a fralda? Ela já come doce? Filha, pula-pula é pra pular! Cuidado com o amigo, ele só quer brincar... Ele dorme direito? Assunto importantes, deliciosos, pra refrescar a rotina da semana!
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Diana gosta de ficar "rodeando", como se fala em Minas, não sai de perto. Hoje, quando olhou a cera de depilação, disse, com a boca cheia:
Ando bem impressionada com o desenvolvimento da Diana. Ela obviamente não é mais inteligente do que nenhuma outra criança da idade dela, mas é despachada, independente, sabe o que quer. Na natação, aliás, só faz o que quer. Mas, quando está de bom humor, faz os exercícios, bate as pernas ao mesmo tempo, conta até três antes de mergulhar da borda, imita os gestos que são feitos durante as músicas, manda beijos, dá tchau. Fala muito, palavras soltas como "papel", "Jô", "Bel" (nossa folguista de quando um de nós faz plantão), "vovö, "coco". Avisa quando faz xixi na fralda, mas chora só de se sentar no vaso. Chega em casa e tira o sapato, assim como a meia e, se estiver aberto, o casaco. Brinca muito de boneca, dá papinha, dá uns tapas nas costas pra "neném" dormir. É de uma "delicadeza" luquiana. Na pracinha, se a gente deixar, Diana sobe as escadas e desce sozinha o escorrega. Foge do balanço, com medo de se machucar, mas não dispensa uma bola. Ao contrário do irmão, que prefer subir em árvores, pedalar a praia inteira ou se arriscar sozinho sobre o skate. Futebol é uma questão de integração social, eu acho. Por isso, gostaria de inscrever o Baby em uma escolinha. Será? Ele está melhorando tanto na natação e no judô, está mais concentrado, um pouco mais competitivo, ganhou mais um grau para a faixa de judoca. Em time que está ganhando...
Em vez de passar a manhã no calçadão, eu bem poderia ter me lembrado de ligar para a minha amiga Paulinha. Ela, o marido e os filhos foram ao já conhecido brunch do Museu do Açude, no Alto da Boa Vista. O evento é cultural e gastronômico, ao mesmo tempo. Os quitutes são da Casa dos Sabores. A música, hoje, ficou por conta de ninguém menos que Teresa Cristina. Todo primeiro domingo do mês tem, sempre com um convidado diferente. É preciso fazer reserva: 2274-3595 e 2294-9295.
Eu pessoalmente odeio a obrigação de passar o domingo no calçadão. Para o Lúcio, é o paraíso. Para mim, enfrentar o asfalto quente é sinal de falta de opção melhor de programa. Mas, como hoje estava nublado, nem me senti tão culpada. Caminhei de casa até o Arpoador, enquanto o Lúcio levava a Diana de bike, pelo mesmo trajeto. Na volta, paramos no IpaBebê, uma versão melhorada do Baixo Bebê, que anda em franca decadência. Recomendo muito. Os brinquedos são mais limpos, a água de coco estava de primeira, atendimento bom - e o principal: pouco tumulto.
O dia do Luca hoje terá quase 20 horas. O Baby acordou super cedo para os padrões dele: 06h40. Ficou vendo TV até que o resto da casa acordou para o café no Talho. Pedalamos, fizemos abdominal no final do Leblon, almoçamos e o amigo Henrique passou a tarde inteira aqui. Foi uma festa. Entre outras travessuras e pés pretos, os dois fizeram um invento que poderia "explodir" a qualquer hora, com fita crepe, tesouras, gravetos, barquinhos de estimação e de madeira, lápis, um barato criativo.
...é tudo - menos frescura! Quando olhei hoje para a Diana, maravilhada com a cebola frita na churrascaria barulhenta na Barra da Tijuca, pensei: "a gente deveria mesmo ter o segundo filho antes do primeiro". Acho que o Luca experimentou uma fritura com dois anos de idade, não sei se estou exagerando. Suco artificial, que culpa eu senti quando passei a dar, nos EUA. Suco de laranja-lima, feito na hora, tinha todo dia, aqui em casa. Hoje reconheço que saudável muita coisa não é, mas de vez em quando não mata. E, vez ou outra, acalma, dá um ânimo, uns minutinhos a mais na programação escolhida.
Ai, Pat, eu também estou com saudade! Tenho saudade até da carne da Plataforma de NY - ainda mais quando comparada ao churrasco vergonhoso que a Porcão da Barra nos apresentou hoje. (Esse comecinho era só para pegar no pé do Lúcio, private joke!)
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