Moda fresh

Quem diria que uma dica do Glamurama me interessaria tanto! Olha o que a turma descolada da Joyce Pascovitch trouxe essa semana: "Um fenômeno interessante está acontecendo na moda parisiense: o destaque das “middle brands”. Marcas hypadas com preços e qualidade que chegaram ao mercado, posicionadas entre as gigantes de fast-fashion e grandes marcas. Com um estilo urban-chic estão a Maje e a ba&sh , seguindo a linha meio vintage vem a Manoush e, para as minimalistas, a Sandro. Quatro marcas que prometem." Serah que eu vou conseguir conhecer pelo menos uma dessas lojas...

Para Isabela

Uma amiga minha que atualmente sabe tudo de produtos e tratamentos de beleza me recomendou uma designer de sobrancelhas. Eu devo ter tirado meus excessos talvez cinco vezes na vida. Adoro o look Malu Mader, a falha que tenho na sobrancelha esquerda por causa da cicatriz de um corte na infância, é um dos poucos orgulhos que tenho do meu rosto. Mas, ultimamente, achei que precisava dar uma suavizada. E lá fui eu, na minha hora de almoço, hoje, para um encaixe às 12h30 no Fashion Clinic de Ipanema.

A russa Marianne é uma figura. Parece a Betty Boop. É baixinha, magrinha, estava de short jeans, blusa de oncinha, maquiagem forte e uma pena de pavão na cabeça. Anda rapidinho, fala com sotaque, é simpática com todos sem ser melosa.

- Me lembro da bronca que ela deu em uma modelo, - me disse a Bela, - que ousou mexer sozinha na sbrancelha...

Depois de uma hora de espera, fui explicando que gostava de sobrancelha grossa etc. Ela me cortou e disse mais ou menos assim:

- Sobrancelha é design. Ninguém "tira" a sobrancelha. Isso é depilação. Aqui é diferente. Você precisa escolher alguém que saiba valorizar o seu rosto. Eu vou retocar aqui para abrir o seu olhar.

E assim Mme Marianne sacou sua linha branca e começou a arrancar meus pelinhos, enquanto meus olhos choravam, como diria o Luca. O processo é dolorido, mas muito rápido. Ela só interrompeu para falar com uma cliente, a quem praticamente ordenou que passasse pelo salão naquele dia.

- Ela quer vajar, imagina, para o Marrocos, mas a sobrancelha está enorme. Não pode.

Conclusão. A moça é uma figuraça, concorridíssima, mas eu acho que viciei. Risos. Já marquei um novo... encaixe para meados de dezembro. É que Marianne não tem mais horário em 2008, só em 2009.

Olheira e sobrancelha

Comparação

Eu não gosto de comparar, mas muitas vezes é inevitável. Hoje, nem meu porteiro resistiu.

- Eu já falei pra Jô. O Luca nunca foi assim, não.

É verdade. O Luca pode até ter seus defeitos. Mas dengoso, birrento, ele nunca foi. Já a Diana adora choramingar por um colo, uma balinha, um pão de queijo. Esses dias, a gente até tem dado um desconto porque o nariz está entupido e a respiração, trabalhosa. Mas, assim que ela ficar 100%, vai voltar pro quartel. Nada de dengo na nossa casa.

Criança feliz é criança independente e decidida.

Passatempo

Eu adorava e vejo que o Luca começa a se interessar pelos quadrinhos de Monica e sua turma. Hoje, surfando por aqui, descobri o que muita gente já conhece: http://www.monica.com.br/index.htm. Tem joguinhos, histórias inteiras e de tiras, em português e inglês, tem desenhos pra criançada imprimir e colorir. Tudo tão bonitinho.

Desenhar, aliás, tem sido o passatempo preferido do Luca. Ele gosta de criar e também de copiar. Outro dia, fiquei impressionada com o desenho que fez a partir da miniatura de um cavaleiro medieval e seu cavalo. De cair o queixo. Pra quem não levava o menor jeito...!

- É que o João Gabriel começou a desenhar muito bem, aí o Luca foi atrás - e o Léo também está se interessando mais! - me explicou a professora.

Xixizinho

Sábado, dia 25, em casa.

- Diana, xixi, mamãe.
- Di, você está de fralda, é só fazer.
- Não, "banhêio".
- Tá, filha, tira a fralda, então.

E assim eu continuei a mexer no armário dela e, depois, ao chegar ao banheiro, vi que Diana tinha feito seu primeiro xixi sozinha, no penico que foi do Luca e que toca musiquinha. Emocionei.

Colo de vö e de vo'!

Luca com a Lua e a Dinda da Diana

Sao tantas emocoes...

Eu tenho escrito quase nada aqui porque a vida real anda meio tumultuada, no bom sentido. Lucio voltou depois de 38 dias de viagem, Diana não desgruda um segundo da gente, Luca passou uma belissima semana em Passo Fundo rodeado de atenção e diversão, a obra na cozinha avança enquanto a gente se vira com refeições improvisadas na sala - e eu tenho trabalhado longas horas. Não posso reclamar da vida principalmente porque viajaremos na primeira semana de novembro para Paris. A vida pode ser bela.

Quero passar frio, andar de sobretudo, ver Picasso espalhado pela cidade, conhecer o novo museu do Jean Nuvel, tomar cafeh em cada esquina, fazer comprinhas, inventar programa de criança, tomar vinho nacional, comer bife com fritas, provar steak tartare recomendado pelo Lucio (que, em seus 38 dias fora, dormiu uma noite a Paris), seguir todas as dicas que a minha amiga quase francesa Isabela passou.

Depois eu conto tudo. Mas antes quero postar as fotos de uma semana que para o Luca foi inesquecivel. Passo Fundo.

Luca e a Mel

Nat, linda como sempre: em NY ou PF

Ultimas medidas

(Como o blog eh o meu "livro do bebe"...) Medi as crianças na quinta-feira. Diana tem 87cm. Luca, 1,22m. Acho que soh eu e Jo seremos pequenas nessa casa.

Gula de feijão

Enquanto isso...

Diana viveu um fim de semana de filha unica... de mãe sozinha! Fizemos praticamente tudo juntas! Foi assim:

- Cafeh no Talho;
- Sol e agua de coco Baixo Bebe com a Baby Manu;
- Almocinho pela metade, meio sem apetite;
- Um pouco de TV;
- Nariz escorrendo;
- Soninho longo, cada vez mais raro, da tarde;
- Salinha de brinquedos do Rio Design;
- Muitos livrinhos - e berço;
- Cafeh da manhã em casa e quebra-cabeça;
- Festa da criança no Jockey, com direito a pula-pula, Barney, Woody e teatrinho Papaventos;
- Empada de frango com mate de almoço (não contem pra ninguem!);
- Leitinho fora de hora;
- Duas horas e meia de sono aa tarde (eu tb!);
- Visita da tia Jana com presente (uma pia de lavar louça show);
- Comprinhas na Bebë Basico;
- Jantar que nem gente grande no Gula-Gula;
- Mais salinha de brinquedos;
- Papo com o papai pelo Skype;
- DVD dos Teletubbies - e de volta ao berço.

Acho que hoje as duas meninas dessa casa vão dormir bem, sorrindo, bem felizes. Mas o fim de semana que vem serah ainda melhor. O Lucio estarah de volta! Junto com o Luca!

Meu homenzinho!

Baby Luca fez seis anos, casou e mudou. Não eh bem assim. Mas o fato eh que ele pegou um voo solo, pela segunda vez, para Porto Alegre na ultima sexta-feira. Desde então estah rodeado pela familia e pelas delicias que, aqui em casa, são permitidas apenas no fim de semana.

- Mas, mae, não eh que são ferias e nas ferias eu posso tudo)

Eh mais ou menos assim. Em Passo Fundo, ele pode tudo. Ainda bem porque são essas temporadas que marcam a infäncia da gente.

Folga

Depois de 15 dias trabalhando direto, me dei de presente uma visita aa Mangueira para a feijoada em homenagem aos 100 anos de Cartola. Contratei uma folguista para me render com a Diana por algumas horas (naquele soninho da tarde) e peguei carona com meus bravos amigos Paulinha, Moreno, Gabi e Cris. Foi a melhor decisão dos ultimos tempos. Muito bom fazer parte "da comunidade", mesmo que por um curto periodo de tempo. Na maior parte da festa, eh a roda de samba, com alguns convidados ilustres - como Rosemary. No final, por volta das 18h, eh que desce parte da bateria, com o mestre-sala, a porta-banderia, as passistas e os destaques da escola. Melhor do que estar ali eh olhar para os rostos dos turistas estrangeiros. E saber que o morro tem muita paz pra dar pra gente.

Na quadra!

Baby, I love you!

Eu soh vi minha mãe chorar uma vez. Me lembro como se fosse ontem. Eu jah era adolescente. Fiquei em estado de choque. Baby Luca não precisou esperar tanto tempo. Quarta-feira passada, cheguei em casa aos prantos, de estresse de trabalho-obra-casa-criança-que-chora-a-noite etc. O Luca estava acordado e foi nos ombros dele que chorei. Que nem criança. Ele me abraçou forte, contei uma historinha para justificar minha "dor" e acabei aas gargalhadas, quando, surpreso, ele me olhou bem nos olhos e disse:

- Mamãe, vocë estah chorando lagrimas. Eu achei que soh criança e jovem choravam lagrimas. Adultos, eu não sabia.

Aqui se faz, aqui se paga

Com muita vergonha, hoje eu confesso que jah olhei atravessado para certas mães que não conseguiam controlar seus filhos em locais publicos. Jah senti pena, jah senti desprezo, jah me senti incomodada. O Luca nunca foi de dar vexame em restaurante etc. Teve seus dias de rebeldia, eh claro, mas por algum motivo, ele não passava do limite da minha paciëncia. Com a irmã dele, vejam soh as fotos abaixo, serah diferente.

A um mës e meio do seu segundo aniversario, Diana estah se revelando uma birrenta de primeira. Quer porque quer, não aceita ser contrariada, se joga no chão (de casa, por enquanto) quando se irrita. Pelo simples fato de eu querer tirar uma foto, por exemplo. Chora que as lagrimas vão longe. Eu mereço, me pergunto.

Acho que mereço porque, por outro lado, Diana eh dez vezes mais determinada e concentrada do que o Luca. Monta mini-quebra-cabeças, brinca de encaixar peças por longos periodos, gosta de desenhar, colorir, arruma seus brinquedos quando eu peço, eh bem mais madura do que o Luca era nessa idade. Não tenho do que reclamar, mas tenho de me preparar para os olhares daquelas não-mães insensiveis (!), do mesmo estilo que eu fui um dia.

Drama queen!

Saudade

Não dah para negar que o comportamento irregular da Diana esteja diretamente relacionado aa ausëncia do Lucio. A bichinha sofre de saudade do pai, que viajou faz 22 dias e soh voltarah daqui a 15. Dah gosto de ver a alegria dela ao conversar pelo Skype. Fica sentadinha, olhando para ele na tela, cantando, gritando (para que sua voz se sobreponha aa do Luca), mostrando o cabelo quando a gente pede, essas coisas. Qualquer barulho diferente em casa, ela pergunta "papai!". Mas em seguida, abraça a Jo, abraça o Luca, se enrosca na minha cama - do lado do Lucio. Coisa mais linda.

Coisa mais linda eh quando o Luca tenta explicar que viagem eh uma ausencia provisoria, que em breve estaremos todos juntos. Coisa mais linda tambem foi, outro dia, quando dei um grito com o Luca que não queria colocar a roupa da escola. Diana levou um susto, olhou pra mim, depois caminhou na direção do irmão:

- Abraço, Luca. Di abraço Luca.

Culpa, culpa, culpa! Mas, orgulho, orgulho, orgulho desse lindo amor que ajudei a construir dentro de casa. O merito, na maior parte, eh do Lucio - que raramente perde a ternura.